a sombra
que sombra é aquela andando na praia?
é de uma donzela, cabelos ao vento?
que sonho é esse de que me alimento?
penduro na corda antes que ele caia?
que seios são esses e lábios e boca?
selvagens gemidos, mas inofensivos
que coxas, joelhos tão persuasivos,
são meus devaneios? que mente mais louca!
só peço à nuvem no céu que me ajude
e impeça a sombra de continuar,
tirando-lhe a luz que na praia ela tem,
pois se o que quero ou queria e não pude,
que eu viva pra sempre a imaginar,
mas que nunca olhe pra ver de onde vem...