Praça vazia

E de repente, sem saber onde ir

Parei de andar, naquela praça arborizada, onde sempre eu ia com ele.

Sentei-me num banco ali.

Abaixei a cabeça, segurando-a com as mãos.

Fechei meus olhos, os olhos castanhos dele eu vi.

Pensando em como, sem ele ficaria.

Lágrimas contidas.

Para perto de mim ele não viria.

Viajara para longe e encontrar-me não poderia.

Meu coração apertava.

Mas o sentimento eu reprimia.

Planejando os bons momentos que com ele eu ainda passaria.

Fiquei absorta em meus pensamentos e nem percebia

Que ele estava perto de mim, logo ali.

Foi quando sussurrou meu nome;

Uma, duas, três vezes e naquele sorriso minha esperança transparecia.

A viagem ele havia perdido.

Depois o que fazer ele decidiria.

Voltou para devolver-me a esquecida energia

Que aos poucos eu perdia.

Fomos um só naquele abraço de alegria.

Naquela praça vazia.

Edmeia
Enviado por Edmeia em 02/10/2012
Reeditado em 16/10/2012
Código do texto: T3912943
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