RITO - Poema de 1975

Para Maurício (arranquei isto de um antiquíssimo caderno de poesia)

O mito confuso do teu riso

derrama-se aflito pela minha boca.

Meu soluço se debruça diante dos teus olhos.

Minha surdez de adeus

espalha-se

por todo o teu corpo.

Meu rito estanca

teu momento errante

e nos levamos

para a região de gozo

para a região de descanso

de onde brota a relva.

Escrito em 1975; publicado na manhã de 02 de outubro de 2012.