AMOR E SAUDADE EM CAMPOS DE GIRASSÓIS(Poema para Basilissa n. 2.070)
(Sócrates Di Lima)
Sem palavras amanheço,
No pensamento a imagem,
No coração enalteço,
Minha amada e sua linhagem.
Plantio de flores em campo,
Riacho de água cristalina,
Na planície dos sonhos encampo,
O desejo férftil que o amor fascina.
Olho para dentro do meu coração,
Ouço vozes cantantes,
Aborda com leveza minha emoção,
E mostra-me saudades carentes.
Vejo então uma menina correndo,
Cabelos amarelo girassol solto aos ventos,
Como ave pantanal desfliando,
Na passarela dos meus pensamentos.
E ali, Basilissa desfila,
Como se correndo para os meus braços,
Em meio ao amarelo misturado á clorofila,
Sorridente recebe os meus abraços.
Assim, olhares azuis e castanhos,
Se misturam na alegria do sorriso,
E eu me desperto dos sonhos,
Como quem acorda num paraiso.
Sinto então, o seu perfume,
Nas vestes que a saudade traz,
E no riso farto de um olhar vagalume,
A felicidade dentro de mim se faz.
Basilissa então se tornara a parte que me faltava,
Para sorrir em mim, campos banhados em Sóis,
Eu e ela, como aos ventos que descampava,
E enchia de amor e saudade nosso campo de grassóis.