Tua Importância 


Tu és a linha que perpassa 
E alinhava
As minhas partes
Para que não se soltem,
Ficando caídas
Pelas estradas.
 
És o refúgio que me acolhe
Ao fim do dia
Em negras noites
Dizendo para que eu me acalme:
"Tudo passa."
 
És a água benta que me benze
E que espanta
Os mil fantasmas que me seguem
E me atormentam
Soprando preces mentirosas
Em meus ouvidos.
 
És a razão e o sentido
De eu estar eu
E não alguma coisa morta
Apodrecida,
Sem sentimento e sem palavra
No vão da vida.
 
És a esperança que me acena
No horizonte do futuro
E quando nada mais restar
Eu correrei para os teus braços
Para poder me encontrar.


Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 26/09/2012
Reeditado em 11/02/2016
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