Introspectivo Âmago
Do balcão, o azul da noite reflete no mar,
Levando na onda o beijo da lua,
A esperança do carinho no ombro,
Ouvir do sussurro a verbalização... Comungar!
Em cada nau uma canção
Quebrando o silêncio, o acolhimento,
A fala incontida nos confins dos afins
Do cerne em prantos, em versos do outrem!
Esculpido no alvo tecido
Toda forma de sentir, fluir, caminhar
Pelos florais, entre os bordões dourados
Aos sois dos lamentos ecoando pelos céus!
A face versa por si espelhando,
Conduzindo os lábios ao poema,
A estância introspectiva como a viagem
Escrita pelo coração, pela unção vinda do olhar!
Entregue ao apreço das palmas
Alastrando-se pelo divino desenho do corpo,
A poesia se faz escrita nas entrelinhas,
Na prole de cada palavra nascida no candeeiro
Aceso pelo tempo, abençoado pelo beijo!
25/09/2012
Porto Alegre - RS