AVE MARIA (Poema para Basilissa n. 2.062)

(Sócrates di lima)

Sou tua ave poética,

Que sobrevoa o teu dia,

Não sigo nenhuma seta,

Tua é a minha poesia.

Sou tua ave que canta,

À soleira da tua janela,

Nem a saudade espanta,

Nem a tristeza interpela.

Sou teu pássaro gigante,

Montado nas asas do vento,

Cruzando o teu horizonte,

Mergulhado no teu sentimento.

Sou a tua ave condor,

Que atravessa as cordilheiras,

Derramando o meu amor,

Como água em cachoeiras.

Sou tua ave falcão,

Que não tem medo de nada,

Mesmo em vôo rasante ao chão,

Faço tua sombra na minha estrada.

Sou teu pássaro cantor,

Tu és minha Águia adorada,

Falcão ou Condor,

Elevo-te em minha alma alada.

Minha ave Basilissa,

Pássaro de canto angelical,

Olhar de céu que me enfeitiça,

Leva-me em êxtase neste amor especial.

Teu canto Basilissa, me domina,

Faz-me tua ave selvagem e veloz,

Derrubo outras aves de rapina,

Que desatento não ouve minha voz.

Porque tu me fazes teu pássaro algoz,

Amado amante em razão e emoção,

Ave que conjuga o verbo amar na mesma voz,

Pássaro que ostenta a tua admiração.

Ave minha,

Saudade sem fim,

Minha asa imbatível para ti caminha,

Nesta saudade de ti e na tua de mim.

Sou tua ave em textura,

Que vai muito além da poesia,

Com amor, carinho e ternura,

Tu es minha ave Maria.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 25/09/2012
Código do texto: T3900416
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