O silêncio ensurdecedor

O silêncio invade essas paredes frias

Fazendo um barulho no oco das lacunas

Ensurdecendo os mudos do porão.

Meus relicários quebrados

Guardados no imenso campanário

Devolvem aos sinos

As badaladas funestas...

Ao cair à cortina da noite

As estrelas procuram espaços

Entre o negro véu

Para lembrar da beleza

Escondida por detrás destes panos...

Lá na aurora se espera

Por ser clara

A beleza rara

De um amanhecer triste

Em meio à multidão...