Camisola de Amar

O que era um vazio,

Hoje, tem a força das marés

Invadindo a areia e deixando na praia

Versos em codinomes,

Avessos em prismas romanescos!

Em plena solidão,

D’onde pelo chão a seda ficou

Cedendo ao silêncio a coreografia,

A imagem plástica do êxtase

Doando-se ao crepúsculo do olhar!

Pela janela, a neblina fina enfeita a prima(vera)

Orvalhando de luz todo o sentimento

Ecoando pelas pétalas abertas, intimistas,

Tudo entrelaçado ao beijo, ao lúdico estandarte

De devaneios etéreos, como a noite paixão!

Entoado pela penumbra

O amor de âmago baila com a magia

Das peles em sofreguidão, ebulição,

No beber das palavras exaltando a prenda mulher,

O desejo que veio do céu coroando a fé, coração!

Auber Fioravante Júnior

22/09/2012

Porto Alegre - RS