SENHORA
SENHORA
Senhora minha, minha senhora, não sei por que choras.
Será tristeza, amor, saudade, devaneio ou apenas receio,
Ou fruto de dores no peito de uma separação que ignoras;
Acoplando as horas de rejeito, prometo que será um recreio.
Descanso de amor, de perdas energéticas que o amor proporciona,
Clamas, imploras, choras, mas a inglória veio na hora incerta.
Cabeça ausente de desejo. Revejo o momento certo que equaciona;
Senhora minha, minha senhora, revérbero meu coração que emociona.
Que conclama perdão e se infla de fluidos na introspecção ética e moral,
Que renascem, crescem, multiplicam-se para dividir-se em raios de amor;
Com calor, carinhos, sensações ardentes, que crescem de modo anormal.
Diga sim, volte para mim, perdi o rumo, o anseio de um amor desproporcional.
Senhora minha, minha senhora, não sei por que choras,
Choro de alegria, de ansiedade, de desejos ardentes que estão porvir.
Meu senhor, senhor meu, quero carícias, beijos ardentes. Imploras!
É hora do afago amoroso, do abraço fogoso que nos leva ao grunhir.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-FORTALEZA/CEARÁ