Enquanto Houver Mar
Há historias que são desgraçadamente escritas...
São compostas com restos de sonhos...
E os personagens estão errantes em suas desditas...
E tantas são as causas das magoas e decepções
Que nos enclavinhamos na primeira mão que é estendida
Mão por vezes empedernida nas próprias ilusões...
Desta forma perdeu-se o espírito enamorado
No profundo mar de um par de olhos verdes...
E tornou-se ela a singela dama de coração logrado.
Ela, frágil rosa, apaixonou-se pelo fantasma de um cravo...
Um cravo que vivo foi com um defunto sepultado
E no escuro de sua tumba sonhou com o amor da rosa fenecida...
Era tão doce, pequena... Rosa de melancolia...
Latente são as lembranças...
E na minha boca sinto a maresia...
Minhas mãos ainda perdem-se na perfeição de tuas curvas...
miragem do beijo perdido...
O que não aconteceu torna-se tortura...
E por não morrer no mar, mil vezes ao dia sou arrependido...
Historia de outros que por mim e tu foi vivida...
E nas linhas perdidas ainda dormimos nossa paixão...
Não a esqueço, mulher sabor de mar, tuas pernas são prisão...
vivo sei que sou em teu louco amar... E sei que me buscas na canção...
Historia de um tempo que o tempo não enterra
Quatro semanas de amor
Vivida na imponência de uma eterna quimera...
Mulher... Enquanto o vento bramir
E o céu estrelas ostentar...
Enquanto houver vida e existir mar...
Eu não te esquecerei...
Junto às ondas e escrevendo na areia
Sempre...Eternamente estarei eu a te esperar...