A Mão Dela

Toda noite ela senão vinha,

Repousar teu braço junto à janela

Dispunha tua mão a minha,

Tocando-me em carinho a mão dela

Que mimo e pelas noites sonhei,

Junto à palidez de uma vela,

Perto das lágrimas que eu pranteei

Querendo beijar a mão dela!

Mas meu delírio era a febre,

Lufada pela bonança da caravela

Tão jovem e inocente lebre,

Queria senão acariciar a mão dela!

Seria um sonho jurar-te o amor,

Que eu tinha por mulher assim bela,

Perfumada em um santo louvor

Apalpando aquela mão apenas dela?

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 22/09/2012
Código do texto: T3894463
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