MANHÃ NOSSA DE CADA DIA(Poema para Basilissa n. 2.055)

(Sócrates Di Lima)

Aquela voz quase rouca,

De quem acabara de acordar,

A vontade, ainda, pouca,

Da cama se levantar.

E o dia se faz alto,

O galo já cantoou,

Um num repentino salto,

Do leito se levantou.

E seguiu o ritual do dia,

Tantas obrigações,

Mas, há tempo para a poesia,

Alimentando os dois corações.

Então a voz dela se anima,

Se alinha ao histórico do dia,

Um sorriso reanima,

Aflora a euforia.

É o riso largo de Maria,

Cheio de doçura tanta,

Que vem de dentro da alma em sinfonia,

Com o encontrodo meu riso que imanta.

Fecho os olhos e vejo,

O olhar de Basilissa me sorrindo,

Como a luz em lampejo,

A saudade dela vem surgindo.

E por dentro dessa terna aparição,

Um semblante que oculta uma braveza,

Quando lhe falto a consideração,

Mas, nada que desfaça sua beleza.

Então respiro fundo,

Suspiro profundo,

Folga minha saudade,

E a vontade de estar com ela, me invade.

Aí, vem a "porra" da distância,

Que queira ou não, me deixa emputecido,

Mas, nada que me tire do sério, alegria em abundância,

De receber de Basilissa pela manhã, um sorriso enternecido.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 21/09/2012
Reeditado em 21/09/2012
Código do texto: T3893135
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