SEREIA DO CÉU
Durval Carvalhal
Sabes, minha bela,
A noite avança
E chega a madrugada,
Trazendo, no ventre,
Toda a magia estelar.
II
Da janela,
Não mais vejo a Lua,
Nem as estrelas;
Só uma Estrela,
Brilhante,
Cabelos compridos,
Olhar faiscante.
III
É a sereia do céu,
Que me quer segredar.
IV
No silêncio da escuridão,
Escuto tua lembrança,
Forte,
Cheia de graças,
Carregada de sensualidade.
V
O mundo é uma ilha
Cercada de ti
Por todos os lados.
VI
O verbo esquecer morreu!
E só vive agora
Lá, do outro lado,
Onde por mais
Que se tente esquecer,
Só se faz...
Lembrar.