TEMPO PASSADO
Existem horas teimosas
Cheias de manhas
que se rompem em renda,
arrematada com beijos babados,
dos quais nenhum, jamais vou receber.
Espírito sou integrado
a espreitar meu nexo se transformar
em afeição do puro prazer destilado.
Minto se cometer delitos nas encolhas.
Transo no mundana momento
do teu impassível desejo.
Doadora da dor que intimida
quando me acerco com asas abertas.
Finge que me ama
... Vira desejo...
Vira sonhada esperança sem direção
sem domínios, sem demônios
e com o sorriso solto conjuga no presente
loucuras estampadas no frente do verso.
A corda se desfez sem ter nó
se consola com o tempo que passa
sem ter compasso na rima.
No conjunto, a bela amarga amada,
volta a se deliciar dos meus suspiros
e de minuto em minuto,
sem que ninguém note, vomita esperança.
Não imagina o tipo da dor que causa,
quando sinto na tua pele
a minha alma se destilar
em sumo de prazer.
Vai!
Tenta!
Toma a vergonha
e se recomponha no futuro.