D’ AGOSTO
Há gosto em agosto
de noites tão cinzas,
há rostos e rostos
nos dias que findam.
Há olhos insones em busca de afeto
e vida serena que vaga sem teto.
Há risos e choros em carta singela
e graça na moça de fita amarela.
Há um corpo que oferta
ao corpo pedinte
o gosto do gozo
d’um agosto seguinte.
JP17082012