D’ AGOSTO

Há gosto em agosto

de noites tão cinzas,

há rostos e rostos

nos dias que findam.

Há olhos insones em busca de afeto

e vida serena que vaga sem teto.

Há risos e choros em carta singela

e graça na moça de fita amarela.

Há um corpo que oferta

ao corpo pedinte

o gosto do gozo

d’um agosto seguinte.

JP17082012

Aglaure Martins
Enviado por Aglaure Martins em 19/09/2012
Código do texto: T3890690
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