Saudade
A principio um intervalo no tempo,
a preocupação e a espera,
melancólica demora...Silêncio!
Na mente, nostálgica lembrança;
um contato sem resposta,
aumenta a dor que a voz sufoca.,
Bem ou mal-me-quer...A Rosa,
pétalas jogadas fora
e o colibri triste vai-se embora.
Ingrato tempo a separa-los,
quem dera houvesse apenas primavera,
Colibri e Rosa já teriam se encontrado.
Sofre por ti, Rosa bela, na saudade;
este pequeno pássaro aborrecido,
sem teu doce mel...Sobrevivo?
Cruel é a natureza, imagine!
Ao permiti-los tão diferentes,
enamorar-se nas veredas do mesmo destino.
Colibri teme por ambos o Outono-inverno.
Quem protegerá a Rosa em seu canteiro?
Talvez o saudoso poeta-jardineiro.
Saudade é o intervalo que limita.
É a ausência que sacrifica.
É a causa desta confusa poesia.