Saudade

A principio um intervalo no tempo,

a preocupação e a espera,

melancólica demora...Silêncio!

Na mente, nostálgica lembrança;

um contato sem resposta,

aumenta a dor que a voz sufoca.,

Bem ou mal-me-quer...A Rosa,

pétalas jogadas fora

e o colibri triste vai-se embora.

Ingrato tempo a separa-los,

quem dera houvesse apenas primavera,

Colibri e Rosa já teriam se encontrado.

Sofre por ti, Rosa bela, na saudade;

este pequeno pássaro aborrecido,

sem teu doce mel...Sobrevivo?

Cruel é a natureza, imagine!

Ao permiti-los tão diferentes,

enamorar-se nas veredas do mesmo destino.

Colibri teme por ambos o Outono-inverno.

Quem protegerá a Rosa em seu canteiro?

Talvez o saudoso poeta-jardineiro.

Saudade é o intervalo que limita.

É a ausência que sacrifica.

É a causa desta confusa poesia.

Sandro Colibri
Enviado por Sandro Colibri em 21/02/2007
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