É NOITE QUENTE COMO A SAUDADE(Poema para Basilissa n. 2.045)
(Sócrates Di Lima)
É noite quente,
Como a saudade,
Como a gente,
Aqui e naquela cidade.
Lá aonde ela está,
A brisa que lhe chega é quente,
Como a do lado de cá,
Temperatura máxima que a alma sente.
É a nossa saudade pegando fogo,
Até o momento do reencontro,
Matar a saudade é um jogo,
Ausência, presença, encontro.
Esta noite que agora começa,
Um toque do telefone chega,
A saudade nele se arremessa,
No tempo e no espaço meu e de minha Nêga.
Ah! Essa saudade inteira,
Que vem nas asas do sentimento,
A imaginação se faz ligeira,
Traz Basilissa no pensamento.
E eu digo com todas as letras que posso,
A saudade de Basilissa bate forte,
Mas, tão logo chuegue o momento nosso,
Não haverá saudade que se aporte.
Amo aquele azul olhar,
Aquele sorriso que me seduz,
É dela o meu insano amar,
Na lucidez do meu coração em luz.
Ai então posso suspirar de contentamentos,
Pois, tudo que se forma no coração da gente,
É o amor em todos os seus elementos,
Que chega nesta noite quente como a saudade.