Romantismo

Arranquei a veste do meu coração

Para deixá-lo despido de sentimentos

Vesti você com minha idealização

Para alimentar meu “eu” no momento

À noite me cobri com sua ausência

E senti o frio da enorme solidão

Rezei para a lua e para as estrelas

E me verguei ante minha emoção

Morro, morro cada vez que lhe desejo

Quando sinto que me arranca do peito

Abre a porta, musa que eu inventei

Porque bate nela um poeta sem respeito

Estou jazendo noite e dia e sinto

Que me apunhá-la com sua falta

Por não ter como me libertar em vida

Sorvo diariamente a dor que me mata