*Nosso silêncio*
Esse vão que nos instala,
carente de todas as falas
que nos impomos vestir,
é tempo que em retorno
atualiza os contornos
desse nosso sentir.
Permanência ainda intacta
de vivência abstrata,
negando-se a qualquer devir.
É o nosso silêncio (em)pacto
riscando, escreve um traço
no que não pode existir.
Canos, 14 de setembro de 2006/RS