A fome do amor
O amor, esse prender-se em outro sangue,
é suntuosa imaginação
e existir a pão e água,
que jamais é farto o amor.
Mesmo que viva rubro,
é sequioso,
é esfomeado.
Seus encantamentos não se satisfazem.
Antes, sombrios, abrem enfunados
para infindo fazer de novo, sempre outro e mais.
O amor é avidez.