EU E O MONSTRO
EU E O MONSTRO
Estava sentado no banco da praça
Que tinha um jardim florido,
O pipoqueiro que espalhava graça,
Olhava a minha bela com olhar fingido.
Ela é alta, loura, com o azul nos olhos,
Meiga, bela, calma, com o cheiro das flores.
Traz no corpo delgado do mar os abrolhos,
Quando ficamos loucos com beijos de amores.
As estrelas que cantavam de repente param,
A lua cala seus solfejos tão bonitos,
A praça emudece e as flores se calam,
Por todos os lados ouviam-se os gritos.
Surge na praça um monstro cheio de horrores,
Vem de encontro a minha bela com olhos de fogo,
Ela se apavora fica estática, perde a voz pelos temores,
Mas eu a beijo com amor, e o monstro perde no jogo.