EU E O MONSTRO

EU E O MONSTRO

Estava sentado no banco da praça

Que tinha um jardim florido,

O pipoqueiro que espalhava graça,

Olhava a minha bela com olhar fingido.

Ela é alta, loura, com o azul nos olhos,

Meiga, bela, calma, com o cheiro das flores.

Traz no corpo delgado do mar os abrolhos,

Quando ficamos loucos com beijos de amores.

As estrelas que cantavam de repente param,

A lua cala seus solfejos tão bonitos,

A praça emudece e as flores se calam,

Por todos os lados ouviam-se os gritos.

Surge na praça um monstro cheio de horrores,

Vem de encontro a minha bela com olhos de fogo,

Ela se apavora fica estática, perde a voz pelos temores,

Mas eu a beijo com amor, e o monstro perde no jogo.

Antonio Tavares de Lima
Enviado por Antonio Tavares de Lima em 16/09/2012
Reeditado em 09/07/2013
Código do texto: T3884329
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