O Barulho do Trovão
Quando os sonhos se perdem,
É porque se perdeu os sentidos,
Ouve-se então,
O barulho do trovão.
Parecendo confortar,
Tudo aquilo que ficou em haver,
E as ondas do mar,
Parecem até me conter.
E a tristeza presa em blocos de concreto,
Sob a laje que cobre a solidão,
Ouço novamente,
O barulho estrondoso do trovão.
E ainda penso,
Em tudo que ficou pra trás,
E se tiveres bom senso,
Verás que também sou capaz.
De suportar a dor,
Provocada pelo choque,
Do frio e do calor.
Num dia do verão,
Onde a tempestade traz,
A imagem do relâmpago,
E logo após vem o barulho do trovão.