O amor é cego
Ao te ver, não te enxergo,
não sei se posso lhe descrever...
Os olhos... ah, desses sei do olhar
sereno e profundo,
de alma velha, que já viveu
mais do que os anos dizem.
Os lábios... proferem doces palavras
(por vezes insanas e lascivas)...
Mas...
sei que estão contornados por uma barba...
que me acarinha e me faz suspirar.
Ah, sim...
sei das mãos. Elas são quentes,
e têm o poder de aquecer a mim,
ao me tocar.
O corpo...
ahhhhh... não posso enxergar!!!
Foi assim que comecei a estudar
Braille.