.:. Realidade .:.
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Tínhamos um encontro
<< Hoje >>
Não haverá mais.
<< Foge! >>
Havia muitas promessas
<< Beijos >>
E agora existem ais...
Havia uma esperança
<< Vejo >>
Não as buscarei mais
<< Desejo! >>
E prometo calar-me...
<< Jamais! >>
Se desejas, busca-me!
Se existe fuga.
<< Há >>
Ficarão as incertezas.
<< Quais? >>
E as respostas.
<< Eu as quero! >>
Encontrá-las-á nos funerais.
Nijair Araújo Pinto
Crato-CE, 26 de abril de 2011.
03h05min
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..........
Forjando uma rara joia
Você é curioso demais!
<< Gosta disso: das minhas abordagens, perguntas, insinuações? >>
Não muito! Sou joia rara, sabia?
<< E uma linda descoberta! >>
Não desejaria me abrir novamente...
<< As joias raras se forjam na boca, na ponta da língua! >>
Dueto poético?
<< Cederia minha boca para o seu deleite... >>
E depois?
<< Depois de pronta a escultura, meu hálito... >>
Continue...
<< Meu hálito seria a moldura do seu transe. >>
Dueto poético... Estou imaginando aqui.
<< Bom seria se, a dois, olhos nos olhos... >>
Ainda tem mais?
<< Eu pudesse penetrar sua raridade, sentir o seu torpor. >>
Minha raridade está sofrida...
<< Provocar gemidos, de alegria, e me embeber... >>
Isso me embriaga demais!
<< Embeber-me com o seu suspiro final, antes da paz!>>
Por que me provoca? Isso não surtirá efeito.
<< A esperança não finda. Precisamos de tempo. >>
Estou imune a essas coisas.
<< Não é persuasão. É a minha verdade buscando a sua. >>
Será?
<< Não tenho pressa, tenho sonhos. >>
Não temos os mesmos sonhos, perdão!
<< Sem pressa. Joias são forjadas, não surgem de espantos! >>
Juazeiro do Norte-CE, 13 de setembro de 2012.
15h30min
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