"Guerra dos sexos"

sinto quando sonhas

e me tocas com o

retoque dos arrepios

numa cadência

melodicamente silente;

recorrente dos desejos

que se encontram nas

entranhas e se alinham

nas entrelinhas;

amor em conchinhas

e, tudo acontece;

côncavo e convexo,

estonteante com nexo;

sem guerra dos sexos

porque a noite de amor

se faz linda, tão linda;

fragilidade de um amor

forte na igualdade;

um prazer fascinante,

inédito e completo;

suficiente para entender

o longe perto dentro de nós.

Marisa de Medeiros