ARREDIO
Me vi fugindo de todos e de tudo,
arredio cheguei a me esconder
no nada do vazio, na solidão
e seus extremos ímpetos.
Totalmente cego trilhando por
veredas do fim do mundo, o
desespero tomou conta do
que restava, apenas fragmentos.
Ninguém me olhava e quando
faziam, os olhares representavam
deboches, esboçavam sorrisos
repletos de zombarias.
Passei por momentos aflitos, animosidade
latente, inverno por todos os lados e
as flores da primavera não chegavam para
perfumar algumas esperanças que restaram.
Mas o desenlace da incomoda situação,
se deu quando você fundeou sua embarcação
nas águas agitadas do meu coração,
e tudo se fez harmonia e comigo mesmo a reconciliação.