Um grito na noite

As luzes deste farol,

distorcidas pela neblina,

são como velas

nuvens de algodão brancas e amarelas,

serpenteiam tensas e sinuosas.

Em seus últimos momentos

tremulam tênue pelo vento,

em agonia

um ultimo suspiro da chama preciosa

que não vê o nascer do novo dia.

E nesta febre, ardia

E as palavras desconexas que dizia

de amor e rebeldia

que assim como o farol ainda fazia. . .

luzes...

sem entender que já era dia.

Uma rosa a desabrochar

como lábios de carmim

flutua neste imenso mar

ia ao longe, assim. . .assim. . .

a flutuar

tão distante de mim.

Na boca ressequida pelo vento

não a grito apenas silencio

nenhum lamento

olhando ao longe a imensidão azul

apenas uma lágrima triste e fria

rola lenta pela face

no renascer do novo dia.

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 12/09/2012
Reeditado em 18/11/2014
Código do texto: T3877582
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