Lua Minha

Depois da chuva

O céu decora-se em cores divinais,

Sob Ipê Roxo já florido, um pequeno espelho

Reflete a poética, o voejo das folhas,

A quietude das aves aguardando o luar para voar!

A voz em recital vem de um longe perto abrindo

Entre pétalas e galhos de outono,

Um caminho de quimeras, belas eras

Conjugando versos e apelos

Num só poema de acarinhar!

Pelo resplendor das palavras

A pele cobre-se em preitos singulares,

Olhares que falam no gozar da meia-luz

Melindrando cada entalhe da lua,

Ali, em canções, orações, estrelas para dançar!

Ah! Princesa dos céus

Guie teus raios pelo erudito da centelha,

Doando a cada pauta um toque d’alma

Tatuando pelo entrelace, pelo beijo de amor

Embevecidas canduras, entontecidas poesias!

10/09/2012

Porto Alegre - RS