Alquimia do Amar
Pelo som suave dos bambuzais
A tarde se faz vermelha, altiva,
Quase intocável ao compasso do cerne
Introspectivo aos olhos da alma,
Vivente por um ato de solitude!
Ouvindo as romarias do vento,
Sinto na pele toda a presença do gostar
Germinando em cada canteiro um sol, um luar
Da estação abrindo-se em leques, unções
Que se encontram nos veios da face, compaixão!
Concebida pela noite
A poesia se solta em lamentos formosos,
Lamentos que se deleitam ao soar da magia
Etérea entre os lábios, alquimista
Pelos caminhos do cálice eleito pela luz!
Do lampejo das letras
Tudo se traduz na linguagem dos anjos,
Movendo-se pelo silêncio do olhar
Conjugando o amor em seus verbos
Mais nobres e únicos ao falar das almas
Em sofreguidão!
08/09/2012
Porto Alegre - RS