images?q=tbn:ANd9GcR6IlioqM5iuNXKIym2IT6NzWJtod6BAUh4axZ66gBUTatDWC8b55R9aAw


Voa pomba!!

Voa pomba, voa!
Não precisas retornar.
Quero ficar só, á toa,
Num saboroso relembrar.
 
Tua face é meiga, pura,
És ser fluído, sem igual.
Mas tens a sina da loucura,
O que procuras é abissal.
 
Eu sou raso, limitado,
Esse amor já me bastou.
Voe, procure noutro amado
O que aqui não encontrou.
 
Degusto, agora findo,
O que foi apenas germinal.
Ofertar-lhe meu amor não poderia,
A equação se faz igual.
 
Fico com as lembranças, os vestígios,
Leves de mim algo proporcional.
Afastemos a mentira, para que suplício?
Sem promessas de amor eternal.