Triste menino
O sol ocultava-se por detrás da montanha
Meu coração aflito batia, temendo a noite
Que ia cair e na pastagem por entre capim
E ananás rapidamente o morro eu descia.
O gado embaixo das árvores recolhia-se,
Ia dormir; os pássaros a mesma rotina
Enquanto a tristeza tomava conta de mim.
Em casa o lampião a querosene aceso,
Meu pai que chegava do roçado
Lavava os pés para em seguida dormir.
No silêncio os grilos eu ouvia; os sapos no brejo
Retiniam e a casa mal assombrada que minha mãe
Tanto falava me amedrontava
E eu desvirtuava para amanhecer o dia.
Depois à beira do rio eu ia admirar borboletas
De variadas cores para enfeitar meu sonho
Sem mágoa e se rancor que certamente chegaria
Trazendo para minha alma felicidade-maravilha.