Intuído pelo Amor
Forjado pelo tempo, servo dos ventos,
Uno-me a essência da letra, na ausência
De melodia emanada das estrelas
Sorvendo em versos minha dor,
Verbo clarividente ao etéreo do peito!
Constante sempre no olhar
Acolho da nostalgia um beijo primaveril,
Dando a partitura um brilho desperto no coração
Nas canções, na cena erudita da quimera, era
De uma silhueta entalhada pela brisa do mar!
Pelo quiçá das palavras pairando
Sob a bela geografia desnuda em reversos,
Francos como a luz da lua trazendo para a noite
Notas de um realejo que remete ao espaço
Tudo que vem do sentimento ensinado pelo Ancião!
Ah! Serena serenata!
Inunde minhas folhas com suas claves
Compondo em cada estrofe uma sonata,
Mistérios desvendados entre os sonetos
Que abrigam o amor em cores e dons da oração!
05/09/2012
Porto Alegre - RS