Falando de amor

O perfume na sala, cartas jogadas,

O tempo passando como cortiça,

As raízes de fumaça anelando-se leves, fenecidas,

Ideias perdidas, dando voltas na demora,

Relembro tão próximo... da linha inútil da aurora,

Do madrigal das acácias, britando a pedra levemente,

E, do acaso, matando a melancolia do peito.

Agora a velha estrada estende saudades,

Caminhos de léguas nas sombras confusas,

O silencio patético do abismo incomparável,

Assombrando as ultimas luzes difusas