(Sem) A Emoção do Amor
Não sei onde nasce o amor
Nem mesmo construir uma paixão
Apenas rezo e faço os meus clamores
E neles não incluo esta equação.
Aliás equação que não compreendo
Porque parece tudo tão desigual
Diz que não cobra mas fica-se si devendo
As vezes faz bem as vezes faz-se mal.
Por vez é melhor ficar sozinho do que o invés
Livremente no seu próprio limiar
Perder-se na deriva das marés
Perder o seu fim e nem se preocupar.
Eu queria saber amar o amor
Tornar justa esta equação
Saber ser o explica-dor
E gostar de brincar com o coração.
Mas o nascer em mim se fez
Não sei se sorte ou azar
Não cobro da vida nem o talvez
Quanto mais o mar do amar.
Se aprendi que errar é válido
E que as vezes de nada vale a razão
O amor pode ser por hora cálido
Ou esfriar-se em depressão.
Eu queria querer o sabor
Querer jogar cartas no vento
Ser o sonho e não o sonhador
E esperar mais tempo.
Mas não o anseio e não o vejo
Onde foi esse tal de amor?
Mas tudo só é fala e cortejo
Não se faz o que faria disso amor.
E eu ainda lhe pergunto
O que é o amor? O que faz junto a ele a dor?
O que queres amor? Como se faz amor?
Como se existe e vive esse tal de amor? O que sou eu amor?