Galã

Não cores a fronte- a imagem,

Deste meu existir em galanteios

Sou o mestre da libertinagem,

Pálido vampiro dos virgens seios

Dou-lhe os prazeres inebriantes

Que ardem em leitos de prazer,

Na febre de paixões delirantes,

Ouvindo-as em sôfrego gemer!

Dê-me teu amor que essa sede

De afogar meus lábios sequiosos

Junto da virgem deitado a rede,

Faz os sonhos serem grandiosos!

Quem diria que esses anjinhos

De auréolas e véus intumescidos

Arfam nos desejos de carinhos,

Em seus sonhos tão adormecidos

Mas enfim quando acordar-te,

Verás senão esse teu leito frio,

Haveria eu então de lembrar-te

Que vago solitário como o rio?

No entanto, fui um conquistador

Embriagado pela ode de Satã,

Para as donzelas, deixo meu amor

Inefável como um pobre galã!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 05/09/2012
Código do texto: T3866013
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