O QUERER.
Quero esse ardor e desejo em una condescendência
E que não haja entre nós nenhuma incomunicabilidade
Toda rusga entre nós não passe de um lapso temporal
Talvez ache estranha essa minha esdrúxula maneira
Mas sem pensar em ti meu pensamento deambula
Pois és o fulcro de todo este sentimento represado
Na insólita troca de desejos e vontades intrínsecas
O meu desiderato está sempre ligado em teu ser
Sem nada espúrio a corroer os meus pensamentos
Apenas a deliciosa volúpia de todas as tuas acepções
Onde mesmo nossos pecados sejam em si límpidos
Nas sendas por onde trilharemos até ao máximo êxtase
Não haverá espaço algum para nenhum lapso temporal
Nem elucubrações sobre discernimento metacognitivo
Somente o que nos torne em nós mesmo resplandecentes
Pelo idílico desejo de amar sem mais nenhuma pretensão
Sem elo algum a prender nossas vorazes fantasias
Ou medos a encarcerar em nosso interior nossa libido
Na vastidão do que rege o que não conhecemos em nós
A delícia das descobertas diárias e prazeres renovados
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