Cara, não mais Zé

Cara, não mais Zé, ainda vou escrever um tempo pra você, mesmo você tendo desaparecido do meu caminho por ainda não estar preparado. Vou te dizer, minhas palavras machucam sim, machucam mais a mim do que a você pode ter certeza. Mas é assim

,eu sou assim. Todas as minhas palavras de amor eram suas, e ainda são, mas você fugiu de mim. Não posso fazer nada, além de gritar, e meus gritos são ensurdecedores, falei uma vez que tenho a arte de ignorar o que sinto, tenho a arte de ser indiferente ao meu amor, deixo ele de lado sim, para que eu possa me reerguer e viver em paz.

Quantos poesias foram suas? Quantas descrições do meus sentimentos estão aqui? Muitas, você fez o que? Muitas vezes calou-se. Escrevo sim, corto, machuco, sangro, acabo de retalhar as feridas pra que elas novamente se abram. Você talvez seja indiferente a isso tudo, mas eu nem me importo. Só que não me calo, este espaço é meu, firo, machuco quem eu quiser, inclusive eu. Você ignorou meu carinho, meu amor, minha ajuda. Não, não é aquela ajuda de quem se ajuda uma pessoa "doente" é a ajuda mútua, é deixar eu te amar e você me amar também. Mas você foi claro, muito claro, me atropelou com seu silêncio e com o seu "nós não existimos" "não se preocupe comigo".

Não vou esquecer suas últimas palavras. Elas estão me motivando a escrever e a machucar " vou ser o trago algoz e amargo descendo sua goela abaixo".

Quem sabe um dia minhas palavras de amor voltem a ser suas, mas pra isso você precisa ter coragem, passar por cima das minhas palavras cortantes assim como passei por cima do seu silêncio que tanto me torturou. Mas quer saber? Nem acredito mais nisso, por que a decisão teria que ser sua, eu realmente estou cansada. O mundo de cá não existe mais. Pra mim só vale uma coisa agora O MUNDO REAL. E se o seu mundo real não suporta pessoas que te amem e se preocupam contigo, eu realmente não tenho mais nada a fazer...