Menino
A César
(Porque pisar na flor nascida no asfalto?
O amor fareja a espreita, em sentinela
e sequer lembra de começar.
ele esquece do orvalho quando contempla o mar
O asfalto não, se cala em respeito à flor
bem te disse que não se mede o amor.)
Deu vontade de lembrar de ti,
deu vontade...
Embebedar-me à tua beleza sublime
de forma que compartilhada a magia
deixássemos de ser distintos
e soubéssemos o instante de ser feliz;
Atente só ao cuidado das lembranças
Afrodite manda meus recados
(na hora certa, meu bem...)
Na hora certa sentirás o cheiro de Brisa
Então vem enluarar meu dia
com teu sorriso noturno, lindo menino!
Deu vontade de te ter
não nos bastaria a saudade doutras vidas
deram-nos praças, eucaliptos e os bambus
vendaval de carícias
no ímpar caos de assaltar o sossego
e desconstruímos as horas que são distantes;
Uma realidade consumida de tempo
encara e desnorteia tua pouca idade!
Isso entre outras efervescências e está
alimentado os registros, vultos do passado
esquecerás de mim como aos sonhos, mas
perpetuarei vertigem de tuas abstrações.