Plenitude de Amar

É bem quando a lua desponta

Logo ali, no horizonte, perto d’aguas

Doando-se como espelho ao espírito,

Ao relento da quase primavera!

Pelo ambiente as cortinas

Já dançam ao sabor das brisas,

Envolvendo cada palavra numa fragrância,

Numa poesia flamando pelo colo anil!

Por flores e botões,

A letra alquimia a canção desnuda

Em nuances do oriente, das pétalas astrais

Maculando na mística a fé do beijo na face!

Buscai no olhar a lágrima

Que fala por si despertando n’alma

Todo o mistério do sentimento calado

No veio do peito, no culto do seio... Sonhar!

Encastelado pelo destino das runas

O pranto se fez quimera de rubi,

Trazendo da umidade das folhas

O sentir em opus que só coração,

Sabe traduzir na amplitude de amar!

02/09/2012

Porto Alegre - RS