Esperanças, esperanças...

Tinha tanta coisa a falar,

Tantas coisas a dizer

Na hora nossa me faltou o ar

E me bastou seu olhar

Para entender que nasci mesmo

Para te amar...

E aquele desejo latente

De adolescente displicente

Do adulto paciente

Do coração palpitante

Senti todas as veias pulsantes

Foi então que percebi

Que não havia amado antes.

No seus olhos negros

No sorriso sincero

No balançar dos cabelos

Ouço cintilar toda minha matéria

Que julgava sem vida

Aparente despedida

E num remoto pensar

Lamento tanto

Ter demorado a te encontrar

E rogo a Deus em oração

Que possa eu ser dono do seu coração.