SONETO IMORTAL

Soneto Imortal

Meus pés descalços, hoje seguem marcas

De caminhos envoltos em sonhos...

Nas brasas acesas da certeza...

De que a vida é uma virgem beleza...

Meus olhos estão avermelhados...

Cansados e fatigados...

Da espera pela felicidade...

Dos dias embrulhados de risos...

Divididos...

Pelo tempo e a saudade...

Derramo minha sede...

No rio das lembranças...

Águas poluídas de promessas...

Que rumaram aos mares...

Enquanto eu dormia ao relento...

Contando as estrelas...

Lavando minhas pálpebras...

Na ventura de amores...

Adocicados pela madrugada...

Meus planos molhados...

Pelo suor do passado...

São como esse papel em branco...

Ainda sinto o cheiro do Adeus...

Passando pelo corredor da morte...

Num aceno fúnebre de aventureiro...

Sinto um dó de mim...

Tremendo de frio num papel rascunho...

Num soneto febril de desespero...

Como uma folha só ao vento...

Sem rumo e sem destino...

Navegando em busca de abrigo...

No umbigo do amor...

Uma lágrima de tinta a sangrar num verso...

Procurando um dueto...

Um consolo no colo da felicidade...

Nas paralelas linhas do pensamento...

Seu nome arde...

Acendendo em mim um lamento...

Ou, uma frágua de imortalidade...

Poesia Marisa Zenatte

(Do meu próximo livro "Asas da Brisa")

Mrmaryllady
Enviado por Mrmaryllady em 31/08/2012
Reeditado em 31/08/2012
Código do texto: T3859275
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.