Desenho a lápis e carvão de JB Xavier
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O DIA EM QUE PARTISTE
JB Xavier
Eu morri no dia em que te foste,
E sigo assim, entre o existir e a não existência
Entre o estupor e a ambivalência
Entre a clemência e o torpor
Entre o clamor e a violência
Entre a presciência e o amor...
Morri no dia do teu adeus,
E bem sabia que morriam ali os sonhos,
Que ali se extinguiria a esperança,
Que daquele dia em diante
A vida seria apenas uma andança
Vazia em sem destino,
Que não haveria razão em continuar
Que comigo ficaria apenas
O vazio e o desatino...
E, tal como o navio sem rota
Ali terminava a trajetória da vitória
E sob o peso da derrota
Morri quanto te foste, sem louros e sem gloria...
Que fique então registrado nos anais do tempo
O quanto te amei, o quanto aos teus pés depus,
Que fique registrada a luz
Que para mim significavas,
Que fiquem gravadas tuas palavras
E tuas promessas de eterno amor,
Que eu por mim, já não me importo
Em ser alegre ou ser triste,
Porque morri no dia em que partiste...
* * *