NEGUE.

NEGUE.

Negue que viajei.

Negue que não encontrei um porto seguro.

Continue negando, que me orientei pela luz do farol.

Negue ainda mais, que me perdi em algumas curvas.

Negative de forma precisa, que inverti o norte e o sul.

Podes negar que viajei pelo teu corpo.

Que encontrei no teu amor um porto calmo. Um bom abrigo.

Que a luz dos teus olhos me orientaram neste rumo ao amor.

Negue, se fores capaz que me perdi nas curvas do teu corpo.

Que amei este corpo de norte a sul e de sul a norte.

Mas se ainda continuares a negar.

Eu não darei a mínima importância.

Pois sei que foste minha um dia.

Que o sabor dos teus beijos.

Ainda permanecem na minha boca.

Negue, sim negue.

Que te amei além das minhas forças.

Que derramei lágrimas ácidas

Que este meu chorar, não foi um ato de covardia.

Mas continue a negar.

Pois como diz o cancioneiro popular

“Que eu mostro a boca molhada e ainda marcada pelos beijos seu”

Mas este teu negar é a afirmação, pura e clara.

Que o negativo se transforma em positivo.

Uma combinação que não de álgebra.

Mas da química da alma e do coração.

Negue por favor, continue negando.

Que eu continuarei afirmando.

Te amo.

Romão Miranda Vidal.

ROMÃO MIRANDA VIDAL
Enviado por ROMÃO MIRANDA VIDAL em 18/02/2007
Código do texto: T385911