Navalhas

Parte do que sinto, escrevo

Sinceramente, é verdade

A outra parte,  imaginação

Talvez não total, afinal

são textos da memória

Belas ou tristes estórias

da infância tão pródiga

de belas, inigualáveis,

inesquecíveis lembranças...

E os versos a embalar

Irresponsável juventude

Tenho-os na memória

as namoradinhas, glórias

alimentando a alma

muito amor, carícias

arrebatamento, calma...

Infelizes levados pelo vento

Décadas primaveris

puro enternecimento

Vida, vida...vida...

Sopras o aroma de ampulhetas

E nós viventes

Ah!...pobres sobreviventes

Tentamos submergir do tsunami

Que se abateu em nosso caminho

Triste e cruel destino

este de envelhecer.

Navalhas do tempo

mas não há nada a fazer,

a não ser aceitar piamente

e os cotidianos versos recitar

Vida...vida...vida...

Amar...amar...amar...

Publicada no Jornal Evolução de São Bento do Sul/SC
 
76 recados(s) enviado(s) até o momento.

http://www.jornalevolucao.com.br/noticias/13775/1/navalhas