O beijo do carioca
O beijo do carioca
É a tradução do calor
Que pinga a temperatura,
Testemunha viva de vapor
Da alma que já nasce quente.
É, também, a verdade do saliente.
Naquele beijo de rosto no rosto,
Das línguas que percorrem e descobrem
Os cantos escondidos da decência.
É o beijo que escurece qualquer briga,
Faz as almas cativas
E libera o sim ausente.
É o beijo do carioca
O que remenda a boca,
Enche a boca de água
E depois enche a boca de boca alheia,
Boca que se come,
A carne de boca,
O filet da paixão...