O beijo do carioca

O beijo do carioca

É a tradução do calor

Que pinga a temperatura,

Testemunha viva de vapor

Da alma que já nasce quente.

É, também, a verdade do saliente.

Naquele beijo de rosto no rosto,

Das línguas que percorrem e descobrem

Os cantos escondidos da decência.

É o beijo que escurece qualquer briga,

Faz as almas cativas

E libera o sim ausente.

É o beijo do carioca

O que remenda a boca,

Enche a boca de água

E depois enche a boca de boca alheia,

Boca que se come,

A carne de boca,

O filet da paixão...

Paulo Fernando Pinheiro
Enviado por Paulo Fernando Pinheiro em 29/08/2012
Reeditado em 03/09/2012
Código do texto: T3854701
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