COQUETEL...

És brisa...
Sorrateira e profana
Que invade minha privacidade
E deixa em meu corpo o arrepio
Provocado por tua lembrança.

És vento...
Cauteloso e oportunista
Que chega bem de mansinho
E se esconde nos meus papéis
Gravando neles teu nome.

Escravo...
Sou desta brisa e deste vento
Que ocultam notícias tuas
E se negam a revelar
O lugar onde te escondes.

Renego...
Este coquetel de ansiedades
Que embriaga a minha vida
E me recuso a bebê-lo
Para não morrer de saudades!
                  ***