***NAS TUAS MÃOS***
Olho nos ponteiros lentos do meu relógio
E que agora passaram até a me insultar...
O tempo cruel vai se tornando analógico,
E eu aqui, com um desejo incontrolável de te amar!
Sopra no meu corpo a tua saudade
Que parece me possuir ainda mais,
Já não sou mais a tua realidade...
Até de me amar te fizestes incapaz!
Choro nesta tua distância desmedida...
Que antes me parecia ser tão pequena,
Cansei de ser tão mau compreendida...
Pisando sobre areias ilusórias de falenas!
Atualmente eu nem posso ou sei mais te explicar,
Este encanto que vai se desencantando na solidão
Se em toda a minha vida só fiz ao amor me dedicar
Agora me vejo uma borboleta dentro das tuas mãos!
Irlene Chagas
A Poetisa do Amor