DESFEITO

Desande mas intime a segurança

faça dos teus olhos

uma convergente para aos meus.

Reflita frente ao espelho

e se meu desejo basta

juro que caso.

Se ouço o som das tuas passadas

para mim, o dia se faz festivo.

Se por acaso não te sinto por perto,

tudo se dilui no meu sentido.

Inseguro tenho medo

de me apurar e me perder em ti.

O novo, sempre se desfaz no confuso.

Não permita que eu deixe

de admirar o jacinto em flor,

ficar triste e prantear nas tuas costas

as mil histórias inventadas sem motivo.

Se um dia eu passar por tolo,

apenas para conservar teu eu em mim,

me desfaça sentinela do teu encanto.

Não permita mais que eu

transforme o desejo em trovoada,

tua presença em furacão

e o meu querer amar em brisa.

Tuas pegadas ao passar ao largo

me faz existir na água do mar,

e se não houver areia... Eu invento.

Não havendo

não existir motivos para brincar

e fazer o homem de croquete

nem areia de cobertor.

Mas se houver

um pingo de sentimento

deixe rolar o empanado

porque vou ser teu par.

Ah!

Quando chegar em casa,

não se esqueça

aconchegue-se no melhor dos meus cantos

e se desmanche nos abraços

das mangas de meu agasalho...

Assim sendo

retorno a ter minha mente,

pura e com vontade de ter você.

Tato studart
Enviado por Tato studart em 26/08/2012
Reeditado em 26/08/2012
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