PORQUE AMO VOCÊ...

“PORQUE AMO VOCÊ”

Pensando bem

O que vem,

É o que não me tem,

É quem,

Só me faz querer...

Envolver as costas

Em ilhas dispostas,

Em apostas,

Em se viver.

Pensando bem,

O que veio,

Só me faz entender...

Que o sereno

É um riso

Que se aproxima;

Que trilha

Com o que me faz

Não mais me irritar

Com a surpresa,

Em não mais se esquecer.

Pensando bem

Os pais se refazem,

Nos filhos;

Em conselhos precisos,

Em que se fazem conhecer.

E ao se conceber

A lírica resposta

Degolam-se os tempos,

De quem se ama

E de quem se gosta

Porque em troca, se recosta,

Para em braços embevecer.

E ao se perder a falsidade

A caridade é que se faz adoecer,

Adormecida em respostas:

Que seu amor

É o efeito da sobra,

Que me trama querer!

Franca fantasia,

Que tem o seu preço,

Eu me conheço,

E não me posso esquecer!

Acometer a noite,

Do solo mais profundo...

...De um vento partido

De meu coração...

Doido, sofrido,

No suicídio,

De não se nascer.

Pensando bem,

A árvore que afronta,

Apronta os ninhos

Em trópicos falidos

Tombos desvalidos,

Eu sou abrasivo

Feito meu coração

Ao desaparecer com o entardecer

Perceber que todas as provas

São novas

De meus pensamentos

Que são as podas

Em seu antever

Pensando bem,

Lembrar de você

Para se arrepender,

Em perecer fatídico

Pois é no seu mito,

Que me ergo em viver.

Pensando em ser

Bem-vindo,

Em seu amanhecer,

Ao dizer...

Que não me minto,

Que não te ouço me dizer,

Que não me amo...

Ver os cactos em suas cores,

Reviver a esperança...

De seu padecer de dores

Em que a vida se compete

Parecer,

Não mais me socorrer.

Sofrer com o luar em flores

Em lugar dos odores póstumos

Sóbrios,

Como os beijos em seus favores,

Óbvios em seus fatores que marcam

E que trabalham crentes

Ao sempre partirem ausentes

Quando a angústia nos está de frente!

Sentir-se,

E sentenciar que se voe

Ao encontro que não me tome,

De tolo,

A quem lhe chame,

Porque lhe amo!

Sentinela de amores

Viela em que a fantasia

Compactua com os calores;

Dos horrores de perda

Em que se leia

Que meus olhos se lancem

Em busca do passado

Para amar-se mesmo que em closes

Em que se prendam em amarras,

Em valores que das janelas,

Sonhem descer.

Fivelas que se desprendem de medo

Eu que dependo do começo

Em que jamais podia ter

Em meu caminho tropeiro

O tropeço de um carinho certeiro

Que não se quisesse vivê-lo

E que não me fizesse tratar com tanto zelo

Os sonhos de te conhecer,

Em que se pensasse bem,

A estupidez acertada,

Violada,

Que fosse tramada,

Entrelaçada

Em me igualar por você.

Omar Gazaneu
Enviado por Omar Gazaneu em 26/08/2012
Código do texto: T3850307
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.